Os radares instalados pela Câmara Municipal de Lisboa, que impõem limites de 50 quilómetros à hora em locais como, por exemplo, a Av. Infante D. Henrique, a Av. de Ceuta, a Av. Marechal Gomes da Costa e a Av. Gago Coutinho são uma verdadeira aberração. Quem os decidiu não deve, não pode, ter a noção do que significa na prática um tal velocidade.
Como não é possível impor a todos os automóveis um limite de zero quilómetros à hora, por forma a evitar todos os acidentes, temos que encontrar um equilíbrio razoável entre a velocidade e os riscos. Esse equilíbrio não é, certamente, 50 km/hora. Dá sono, propicia distracções, provoca travagens bruscas e emperra visivelmente a circulação.
Em Lisboa, o limite de 50 km/h foi imposto precisamente nos locais onde, pelas características da rodovia, os lisboetas podiam, depois de muitos engarrafamentos, andar um pouco mais depressa sem correr grandes riscos.
Os jornais informaram que são mais de 2.500 as infracções detectadas pelos radares todos os dias em Lisboa; ao fim de uma semana detectaram cerca de 17.800 condutores em excesso de velocidade e produziram, desta forma, um milhão de euros de receitas dos quais 320 mil terão como destino os cofres da câmara. Nem os lisboetas são todos irresponsáveis como os números poderiam indiciar nem as dificuldades financeiras de Lisboa justificam tal campanha de caça à multa.
Há portanto que corrigir esta absurda prepotência desencadeada pela vereação recentemente substituída. Vimos por este meio exigir ao recém eleito Presidente da Câmara de Lisboa, Doutor António Costa, que tome as medidas necessárias para converter o actual limite dos 50 km/h para os 80 km/h em todos aqueles troços que, como os indicados neste texto, sejam do tipo "via rápida", com quatro faixas de rodagem e baixa frequência de atravessamentos.
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5 comentários:
Já assinei. Obrigada.
De 5ok para 80k - JÁ
Adira ao movimento Lisboa+Viva. Conto consigo!
Portugal dos Pequeninos
Cara Ana, somos livres de opinar e demonstrar a nossa opinião. O propósito dos radares a 50km/h é completamente descabido, pelo excesso de multas que vão parar aos cofres da Câmara, pelo aumento de acidentes (sim!), não quero com isto dizer que devemos andar sempre "a abrir", acho que todos temos consciência disso. Agora, há limites e limites. Para quem utiliza todos os dias estes percursos, é extremamente desgastante. Para não falar que o consumo de combustível é muito maior!! Sejamos razoáveis...O que falta aos portugueses na estrada, é sim, o civismo.
bj,
C.
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