Palavras nunca escritas, palavras impossíveis de escrever...


Ao amanhecer solarengo, seguiu-se, já tarde, a procissão de compras de Natal última hora. O capitalismo inerente à época, e a necessidade de consumismo, são bem visíveis agora. A falta de paciência, a aspereza das pessoas, a pressa dos taxistas e o trânsito caótico irritam-me. Por fim, a exaustão. Concluí que o verdadeiro espírito desapareceu.


"E há palavras e nocturnas palavras, gemidos palavras que nos sobem ilegíveis à boca. Palavras diamante, palavras nunca escritas, palavras impossíveis de escrever..."


Mário Cesariny

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