
Tenzin Gyatso, o actual Dalai Lama, monge e doutor em filosofia budista, Prêmio Nobel da Paz, agraciado com mais de 100 títulos honoris causa, líder e mentor do povo tibetano, 14º Dalai Lama, é uma das vozes mais lúcidas e comprometidas com a paz, o diálogo e a compaixão no cenário mundial contemporâneo.
Pesquisador infatigável, abriu as portas para o encontro da ciência com a espiritualidade quando, em 1987, reuniu-se durante uma semana com cinco cientistas ocidentais para debater a proximidade entre o budismo e as ciências cognitivas. A partir dali criaram-se centros e fóruns internacionais onde a experiências espiritual é estudada e acolhida como aspiração genuína de um saber que revela novos espaços de consciência e expressão.
Cidadão planetário, manifesta especial interesse pelas pontes, articulações, sinapses, desafiando ortodoxias que retardam o exercício da vocação humana para o cuidado mútuo, a convivialidade e a cooperação. Nesse sentido apela para que cada um de nós aprenda a trabalhar em benefício não só de si próprio sua família ou nação, mas em prol da humanidade como um todo.
É do conhecimento comum que as relações de Portugal com a China são muito importantes. A decisão do governo de não receber oficialmente o Dalai Lama foi assumida no contexto das boas relações com a China e não decorre de nenhuma pressão. O chefe da diplomacia portuguesa recusou igualmente que a visita do líder religioso tibetano seja um incómodo para o governo português, sublinhando que se trata de «uma visita privada».«Não vejo nenhuma razão para tanto alarido», disse ainda o ministro referindo-se à atenção dada ao assunto pelos media e às críticas de alguns partidos da oposição.
Coincidências?
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