
Respondendo ao desafio da Dona Gata, à cerca da infância antes da era da playstation ( porque eu nunca tive nenhuma), lembro-me que éramos livres, os dias eram longos e passados a brincar na rua, até às quinhentas nas noites quentes de verão. Só ìamos a casa à hora das refeições para logo depois sair, quais cavalos alados nas nossas bicicletas, juntos pela prazer da companhia.
Os nossos pais sabiam sempre onde estávamos.
As amizades tornavam-se eternas em pactos secretos, e os encontros eram marcados sem telefone, e ninguém ousava faltar e cometer tamanha transgressão.
Os domingos passados em casa da tia, onde o ar era impregnado de canela e erva-doce.
O xarope de cenoura que a mãe fazia quando estava doente. Todo um mundo de cheiros que nos transportam até então.
Levantar cedo para ver os desenhos animados, os dias passados a ler, as discussões filosóficas com o meu pai. A idade dos porquês. Os picnics com toda a família.
O cão rafeiro da tia Alda, que ainda hoje me sinto culpada... acho que ficou diabético por eu dava-lhe rebuçados peitorais do Dr Bayard!
Acima de tudo, a inocência.
4 comentários:
Os peitorais ainda hoje são inocentes
bjs
Como o Melhoral... não faz bem, nem faz mal!
bjs
A sua infância, tal como a minha, foram livres, saudáveis e com momentos para brincar, criar, dar largas à imaginação e interagir com a familia e os amigos.
Gostei. Obrigada por ter aceite o meu desafio.
E que saudades desses tempos!
Vivo perto de uma área com jardins e escolas, e é rara a vez em que se veêm crianças a brincar na rua. Em oposição, nos centros comerciais, é vê-las por todo o lado. Algo vai mesmo muito mal.
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