Enfim jaz Saddam Hussein



Finalmente, e após um longo e conturbado julgamento, sob a nova constituição do Iraque, o ex-ditador cumpriu a sentença de pena de morte por enforcamento, no primeiro dia do Hid, após ter sido provada a sua participação directa ou como mandante no assassinato de milhares de curdos, entre outros crimes (não todos). Fez-se justiça, embora a pena de morte abra precedentes perigosos.

O cerne da questão, contudo, remete-nos também às provas "irrefutáveis" que justificaram que a invasão do Iraque. Hussein tinha alegadamente armas de destruição maciça; governos de várias latitudes juraram a pés juntos ter visto documentos, ouvido testemunhos... hoje sabe-se que nada era verdadeiro. Os promotores da mentira constarão nos compêndios de História pelas piores razões.

Os EUA são um aliado que sob o escudo protector todos querem estar, ainda que isso implique abdicar de valores e princípios, direitos e liberdades. Quanto às investigações à cerca dos voos suspeitos em aeroportos portugueses, o Governo de Sócrates ainda não se manifestou. Estará sob a lei do silêncio?

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